«Às vezes, é bom ser Professor»
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Quando uma lágrima se suspende e um sorriso se entreabre no rosto de um aluno. Quando uma palavra se escreve a dizer obrigado, gostei muito da aula de hoje. Quando se sente a azáfama do trabalho, a participação activa. Ou mesmo o silêncio empenhado.
Às vezes, é bom ser professor.
Quando no supermercado encontramos um aluno de há muitos anos e logo surge um cumprimento efusivo, então professor, há quanto tempo… que é feito de si? Ou quando outro aluno nos mostra, com um largo sorriso, um livro antigo oferecido com uma dedicatória à sua irmã, que agora é médica. Ou mesmo quando o José Alberto Carvalho dedica o Globo de Ouro à sua professora primária que o ensinou a distinguir o essencial do acessório.
Sim, é bom ser professor.
Sentir o calor humano, ensinar a descobrir o mistério das coisas e da vida. Ver a disponibilidade e a generosidade. E mesmo quando o esforço é grande e o resultado é pequeno, mesmo quando a voz enrouquece e o peso da sombra teima na ameaça, é (quase) sempre bom ser professor.
Não há profissão tão entusiasmante e tão exigente como a do professor.
Esta é a nossa principal glória. A marca radical de um ofício que muitas vezes se constitui como a hora de deslumbramento.
(“José Matias Alves” – In Correio da Educação – ASA)
1 Comments:
Partilho da tua opinião.
É muito bom quando gostamos dos nossos alunos, quando se estabelece uma relação que perdura!...
É algo que só quem é PROFESSOR conhece!!!
Ana
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